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TRADUÇÃO - Entrevista dada ao Loudwire

 

Devin Townsend fala sobre o álbum ‘Z2’, futuros planos + mais 

Por Full Metal Jackie 11 de novembro de 2014 

Devin Townsend foi o convidado do programa de rádio Full Metal Jackie que acontece todos os finais de semana. O roqueiro falou sobre o "caos criativo" que foi gravar o álbum ‘Z2’, sua opinião sobre o prazer de tocar ao vivo - ao contrário do processo de estúdio - e ele também revelou seus planos para o próximo ano. Confira a entrevista de Full Metal Jackie com Devin Townsend abaixo.

FMJ: Como você está, meu amigo?
DT: Estou bem. É bom falar com você.

FMJ: Você usou a palavra “caos” para descrever a criação do ‘Z2’. Pra você, falando particularmente do ‘Z2’, como um cenário de trabalho imperfeito afeta sua música de uma forma positiva?
DT: Acho que tudo depende de como você decide abordar a situação. Tudo pode acabar mal se você deixar e o sucesso deste álbum para mim é que ele podia ter acabado muito mal, mas não acabou. Acabou sendo algo que estou muito orgulhoso de ter feito. Só exigiu esforço, como qualquer outra coisa. As coisas acontecem da maneira que você quer 2% do caminho e o resto você tem que deixar rolar. Foi o que fizemos. O caos contribui de alguma forma.

FMJ: Depois de terminado, quão diferente ficou o "Z2” do que você havia imaginado primeiramente?
DT: Para mim, a única coisa boa que tenho em termos de atributos como músico, é a visão. Mas essa visão não é tão específica como talvez pareça. É mais como uma cor, essa é a melhor maneira de descrevê-la. Eu tinha uma idéia de como eu queria que ela se parecesse no final, mas tentar obter o tom certo dessa cor - é como trabalhar no escuro. Essencialmente, "Z2" acabou ficando do jeito que deveria ficar, mas foi através de uma quantidade considerável de tentativas e erros que chegamos lá. Algumas vezes acabei seguindo o caminho errado no álbum, aí tive que voltar e começar tudo de novo - como eu disse, o álbum foi um sucesso pra mim porque não desistimos. [risos] Está aí!

FMJ: Como músico, o que te satisfaz mais - criar a música no estúdio ou trazê-lá à vida no palco?
DT: Eu diria que é cerca de 70/30. 70% estúdio e 30% ao vivo. É como qualquer outra coisa. Você faz algo e exclui todo o resto e depois de um tempo, você se cansa daquilo. Acho que o material ao vivo é certamente algo que eu gosto de fazer. Eu gosto de tocar para as pessoas e levar a música até elas. A única desvantagem pra mim são as limitações da voz humana. Eu costumo criar muitas coisas em voz alta pra mim mesmo que, na verdade, eu acabo tendo problemas para cantar ou que não consigo cantar. Aí, você faz essa combinação e sai em turnê por uns meses - estávamos na Polônia uns anos atrás, eu não conseguia cantar de jeito nenhum. Me lembro, foi tão vergonhoso. Mas no final, é um grande prazer tocar ao vivo. [risos]

Eu diria que estar em casa ou no estúdio ou ser funcional como músico de uma forma em que não precise interagir com pessoas é, em última análise, o que eu prefiro.
Mas, sair e tocar de vez em quando é bem legal também.

FMJ: Uma coisa é tirar uma folga, outra é se afastar totalmente da mente criativa. Você está planejando tirar um hiatus de um ano das gravações e turnês ano que vêm. O quê você gostaria de fazer já que não fará música?
DT: Só pra corrigir e voltar um pouco no que foi dito, tenho sido entrevistado por 25 anos e porque eu falo de maneira muito parecida com a que escrevo, eu meio que digo o que está na minha mente - sou uma torre de honestidade, é a melhor maneira de me descrever. Quando dei a entrevista e disse que ia ficar um ano de férias, foi bem na última semana do ‘Z2”. Estava cansado, estávamos em turnê na República Tcheca, e eu estava puto, sabe? A realidade é que escrever um estranho prog-metal pesado sobre aliens que peidam não te dá o luxo de tirar um ano de férias. Não posso tirar um ano de férias, esse é meu trabalho. Tem pessoas que dependem do meu salário, todos no meu mundo. Eu preciso pagar minhas contas. Não posso tirar um ano de férias.

No entanto, posso aprender com essa experiência e posso ser capaz de corrigir o que assumi para o futuro. O que resultou o ‘caos’ do ‘Z2’ que foi a falta de prever o que ia acontecer mais a frente. Espero que seja algo que eu possa prevenir daqui pra frente. Assim, ano que vêm, após o show do Royal Albert Hall, vamos passar o tempo promovendo nosso trabalho e em turnê. Como você disse, sou uma mente criativa. Nunca paro de escrever, eu só preciso tomar cuidado com o que me comprometo em fazer. E é isso que a minha pausa vai acarretar.

Fonte: http://loudwire.com/devin-townsend-z2-album-upcoming-plans-more/

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